Programação completa

O Festival de Cinema Infantil de Belo Horizonte e o Laboratório de Práticas Audiovisuais (LAPA) da Faculdade de Educação FaE/UFMG convidam para os Encontros de Cinema e Educação nos dias 13 e 14 de novembro de 2023 no Auditório Neidson Rodrigues da FaE/UFMG.


A proposta é promover instigantes conversas acerca do ensino e aprendizagem do audiovisual em diversos espaços e territórios. Antes de cada mesa serão exibidos vídeos de até dez minutos, selecionados pelos participantes, como amostras dos trabalhos que estes vêm realizando no campo da educação e das imagens em movimento.

No primeiro dia, a mesa "Cinema e quilombos: fazer juntos" as participantes compartilharão suas experiências de realização conjunta com quilombolas a partir de oficinas ministradas nos territórios. Na segunda mesa, "Cinema na Escola", convidados irão expor suas vivências e processos de criação de curtas-metragens com crianças, jovens e adultos em ambiente escolar.

O segundo dia se inicia com a mesa "Pedagogias do cinema" e ocorrerão trocas a respeito de pedagogias criadas por cineastas de diferentes projetos brasileiros e o público terá a oportunidade de descobrir as particularidades das ações de cada um deles. Os integrantes da mesa "Cinema ameríndio e educação" conversarão sobre suas atuações e colaborações na produção do cinema com os povos originários.


O evento acontecerá no auditório Neidson Rodrigues / Casa de Cinema / FaE/UFMG. A programação é gratuita. Haverá transmissão ao vivo nos links: 1º dia e 2º dia.

Encontros de Cinema e Educação é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e conta com patrocínio da MGS.


13/11/2023 - Segunda-feira

1º dia - Escolas e quilombos

Mesa 1: Cinema e quilombos: fazer juntos
9:00 às 11:30


Em que medida o cinema pode se juntar aos modos de viver e fazer juntos que constituem as relações comunitárias nos quilombos para se tornar uma experiência presente nesses espaços? Conhecer algumas iniciativas que estão centradas nessa aproximação entre cinema e quilombos pode nos indicar alguns caminhos.

Exibição de filmes dos participantes da mesa


Beatriz Lindenberg - Vitória / ES

Graduada em Comunicação Social na Universidade Federal do Espírito Santo, com especialização em Literatura Brasileira Contemporânea na Fundação Nelson Abel de Almeida/ES e pós-graduação em Cultura e Educação na Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais, Flacso/Brasil. Sócia-fundadora do Instituto Marlin Azul (Vitória/ ES) e coordenadora dos projetos da instituição, com o Revelando os Brasis (iniciado em 2004), Projeto Animação/Núcleo Animazul (iniciado em 2002) e o Cine Quilombola (2022).


Mariana de Lima - Goiás / GO

Fez graduação em cinema pela UFF, onde mantém vínculo com o Laboratório Kumã. Foi redatora da Revista Cinética. Trabalhou como oficineira no projeto Cine Quilombola do Instituto Marlin Azul. Tem interesse nas relações possíveis entre a criação de imagem e as políticas comunitárias. Integra a Associação Mulheres Coralinas, na Cidade de Goiás.


Alexia Melo - Belo Horizonte / MG

Possui Mestrado em Educação pela Faculdade de Educação (UFMG), Licenciatura em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG) e Bacharelado em Comunicação Social (UNI-BH). Atua como educadora audiovisual, cinegrafista e montadora em diversos projetos, especialmente aqueles que são realizados junto com as comunidades quilombolas e indígenas, os coletivos culturais e as juventudes.


Ana Bárbara Ramos - João Pessoa / PB

Cineasta, produtora, educadora e gestora de projetos especializados na área de cinema, audiovisual, educação e infâncias. É mestre em Letras e graduada em Comunicação Social, ambos pela UFPB.

À frente da Semente - Escola de Educação Audiovisual desde 2014, desenvolve ações de impacto social nas áreas de educação, cinema e audiovisual. Atualmente coordena o projeto "Entre palavras, imagens e sons, uma metodologia audiovisual para apoiar o processo de alfabetização e práticas de letramento".

É membra da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), do Núcleo de Educação Transformadora da Paraíba e da Redekino - Rede Latino-americana de Educação, Cinema e Audiovisual.

Mediação: Cardes Monção Amâncio - Belo Horizonte / MG

É doutor em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG com a tese “Biopolítica, cinema e a construção do devir-afropindorâmico”. Coordenador do Cinecipó – Festival do Filme Insurgente, que em 2023 completa 11 edições, realizado em Belo Horizonte e na Serra do Cipó. Coordenador do projeto Cinema dos Quilombos, que ministra oficinas audiovisuais nos territórios e promove a Mostra Cinema dos Quilombos (www.cinemadosquilombos.com.br), em parceria com a Associação Quilombola Marques. Integrante do Espaço Comum Luiz Estrela, ocupação cultural de um casarão público que estava abandonado, organizado por autogestão em núcleos, entre eles o Núcleo Audiovisual que organiza sessões de filmes e cuida do acervo imagético da ocupação.

Mesa 2: Cinema na escola
14:00 às 16:30

Quando o cinema acontece dentro da escola, ele se modifica ao mesmo tempo em que modifica as relações e as práticas pedagógicas que transcorreram nos espaços escolares. Quais seriam algumas das possibilidades de criação do cinema na escola?


Exibição de filmes dos participantes da mesa

- Anderson Lima - Ribeirão Preto / SP

É cineasta, escritor e educomunicador; idealizador do 100ZALA, portal de filmes dedicados à infância e adolescência, e que traz em suas obras protagonistas negros. Autor do livro "Turma da Goiaba", vencedor do Prêmio Minuano de Literatura. É criador do Canal Lado Beco, assistido por mais de 500 milhões de pessoas no YouTube. Diretor de 4 séries de TV infantis na Rede TVT, idealizador do Gema - Grupo Escolar de Mídia Alternativa e diretor do longa-metragem "Quando sinto que já sei".


- Marcos Donizetti - Belo Horizonte / MG

Conhecido como Marcão Pesada, Mestrando em Comunicação Social pela UFMG, Bacharel em Cinema e Audiovisual, pelo Centro Universitário Una-BH. Atua como educador audiovisual, cineclubista e realizador audiovisual, é Diretor no Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afrobrasileiro - CENARAB


- Sergio Vaz Alkmim - Belo Horizonte / MG

Graduado em História e Ciências Econômicas. Professor de História da Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC (ensino médio) e professor aposentado da Rede de Contagem/MG (ensino fundamental). Foi assessor educacional da rede municipal de Contagem e Funec e coordenador de território do projeto de Educação Integral de Contagem - MG. Desenvolve projetos de cineclube em escolas públicas. Atualmente coordena o projeto Cineclube escolar e Itinerário Formativo: Educação e Audiovisual

- Fernanda Omelczuk - São João del Rei / MG

Professora e pesquisadora da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Coordenadora do Programa de Pesquisa e Extensão Educação e Cinema com os territórios. Realiza cineclubes e experimentações com cinema e educação dentro e fora da escola (hospitais, praças, retiros, comunidades, espaços públicos). Membra da atual equipe coordenadora da Rede KINO (Rede Latino Americana de Educação, Cinema e Audiovisual).

Mediação: Liana Lobo - Belo Horizonte / MG

Professora de Audiovisual no Centro Pedagógico da UFMG. Licenciada em Cinema na Universidade Federal Fluminense, e mestre em Educação e Docência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisa experiências de Educação Audiovisual na infância, no ensino fundamental e em formação de professores.


14/11/2023 - Terça-feira

2º dia - Escolas e aldeias

Mesa 3: Pedagogias do cinema
9:00 às 11:30

Cada filme, cada projeto, cada educador, cada cineasta inventa sua própria pedagogia do cinema. Por isso há inúmeras pedagogias do cinema. Entre as questões que iremos discutir estão os processos específicos que foram inventados em cada um dos projetos convidados ao debate.

Exibição de filmes dos participantes da mesa

Zi Reis - Contagem / MG

Artista transdisciplinar, mãe e mulher periférica, artista visual, graffiteira, poeta, realizadora audiovisual e arte educadora. Bacharel em Artes Visuais, com habilitação em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFMG (2015). Formada em Direção e Produção Audiovisual pela Escola de Arte e Tecnologia Oi Kabum! (2010). Seu trabalho atravessa questões sobre a ancestralidade, a maternidade, sobre as diversas violências de gênero e sobre o empoderamento feminino. Compõe o coletivo Filme de Rua de realização audiovisual.

Gustavo Jardim - Belo Horizonte / MG

Gustavo Jardim é cineasta, pesquisador e educador. Diretor de filmes exibidos no Brasil e no mundo. Mestre pela Faculdade de Educação da UFMG, membro do LAIS - Laboratório e Arquivo de Imagem e Som. Doutor em Comunicação Social pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/UFMG, com estágio sanduíche na Universidade de Chicago (EUA). Integrante do grupo de pesquisa Poéticas da Experiência, atua como um dos coordenadores da Rede KINO de Cinema, Audiovisual e Educação na América Latina. Artista colaborador do South Side Home Movie Project (Chicago). Diretor da 4 Folhas Audiovisuais, produtora de filmes que desenvolve projetos socioculturais com o cinema.

Douglas Resende - Niterói / RJ

Professor adjunto do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual da mesma universidade. Co-coordenador do Laboratório Kumã da UFF, onde participa de uma pesquisa no campo das pedagogias do cinema, e dos projetos de extensão Inventar com a Diferença: cinema, educação e direitos humanos e Programa de Formação em Cinema: capacitação, preservação e educação. Doutor em Artes/Cinema pela Escola de Belas da Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, com a tese O espaço comum na prática do filme documentário (2017).

Mediação: Eduardo de Jesus - Belo Horizonte / MG

Eduardo de Jesus (Belo Horizonte,1967) atua como Professor no Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, onde integra o Programa de Pós Graduação em Comunicação. Tem publicado textos, ensaios e organizado livros como ”Walter Zanini” Vanguardas, desmaterialização, tecnologia na arte" (WMF Martins Fontes, 2018). Desenvolveu ainda curadorias como: Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (2013, 2015 e 2017), Esses espaços (Belo Horizonte, 2010), Densidade local (Cidade do México, 2008) e Festival Internacional de Arte Contemporânea - Videobrasil (2001 a 2013)

Lançamento da Revista Devires Cinema e Humanidades - Dossiê Pedagogias do Cinema (Volume 1 e 2)

Mesa 4: Cinema ameríndio e educação
14:00 às 16:30


O cinema feito pelos povos ameríndios interpela tanto o próprio cinema quanto a educação, seja ela indígena ou não-indígena. A proposta é discutir as interfaces entre algumas experiências de cinema ameríndio com a educação.

Exibição de filmes dos participantes da mesa

Gilmar Terena Galache - Aldeia Lalima, Miranda / MS

Terena do Pantanal Sul Matogrossense, graduado em Design (UCDB/2008) e mestre em Desenvolvimento Sustentável (UnB/2017). Tem especialização em Cinema na Escuela de Cine y Arte de La Paz (ECA/Bolívia). Idealizador da Associação Cultural de Realizadores Indígenas – ASCURI, no Mato Grosso do Sul (www.ascuri.org), onde atua como coordenador de estratégias do coletivo, videomaker, designer gráfico, montador e fotógrafo, com ênfase na formação audiovisual de jovens indígenas. Vencedor do prêmio de Educação em Direitos Humanos Mireya Suárez (UnB/2022) e membro do Conselho da TV Unb (Universidade de Brasília).

Pedro Portela - Belo Horizonte / MG

É bacharel em Artes Visuais (2001), mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014) e doutorando em Antropologia Social no Museu Nacional-UFRJ (2018), além de consultor, professor, diretor, cinegrafista e editor de documentários. É pesquisador do Ontario College of Art & Design University - no Wapatah Centre for Indigenous Visual Knowledge em Toronto/Canadá. É especialista em audiovisual dos povos originários no Brasil e no exterior, atuando como consultor da UNESCO pelo IPHAN (BSB) e Museu do Índio (RJ). Coordena projetos de documentação, criação, análise de acervos, profissionalização em audiovisual, combate ao alcoolismo e suicídio. Trabalhou nas ONGs Vídeo nas Aldeias, Filmes de Quintal e foi consultor na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Hutukara Associação Yanomami (HAY), Wanasseduume Ye'kwana (SEDUUME), Associação Indígena de Barcelos - ASIBA, Actions pour Le Développement, l’ Education et La Recherche - ADER Guyane, Studios de la Valle (França). Também trabalha na curadoria de mostras e festivais de documentários. Nessa área, foi curador da Bienal de Cinema Indígena Aldeia SP, na cidade de São Paulo em 2016.

Clarisse Alvarenga - Belo Horizonte / MG

É cineasta e professora na Faculdade de Educação da UFMG, onde coordena o Laboratório de Práticas Audiovisuais (LAPA), o Laboratório e Arquivo de Imagem e Som (LAIS) e a Casa de Cinema. Entre os filmes que dirigiu, estão os longas-metragens Ô, de casa! (2007) e Homem-peixe (2017). É autora do livro Da cena do contato ao inacabamento da história (Edufba, 2017) e organizadora do livro Aprender com imagens (LAPA, 2022). Em 2016, sua tese de doutorado foi agraciada com o prêmio Eduardo Peñuela Cañizal de Melhor Tese, concedido pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação Social (Compós). Atualmente, é curadora da Mostra de Cinema de Ouro Preto, integra a coordenação da Rede Kino - Rede Latino-Americana de Educação Cinema e Audiovisual (gestão 2022-2024) e a coordenação da Coleção Cinemas e Educações da Editora Multifoco (RJ).

Mediação: Paulo Maia - Belo Horizonte / MG

Antropólogo e professor associado do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação (DECAE) da Faculdade de Educação (FaE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Co-fundador e curador do forumdoc.bh - Festival do Filme Documentário e Etnográfico - Fórum de Antropologia e Cinema realizado em Belo Horizonte desde 1997. Pesquisador associado do Laboratório e Arquivo de Imagem e Som (LAIS-FaE-UFMG).